Para toda pequena empresária, seja em um negócio que acabou de começar ou está se consolidando, entender bem o que é um fluxo de caixa é essencial.
Afinal, o controle de entradas e saídas de valores é o que viabiliza o planejamento e administração dos recursos, o que evita problemas financeiros e facilita a tomada de decisões.
Pensando nisso, a Empresária Online preparou este guia com tudo que você precisa sobre o que é um fluxo de caixa e para que serve, além dos tipos e a frequência em que o processo deve ser feito.
Também preparamos dicas espertas sobre como gerir o caixa sem dores de cabeça.
Boa leitura!
O que é um fluxo de caixa?
O fluxo de caixa nada mais é que o movimento de entradas e saídas de dinheiro do caixa do negócio. Em outras palavras, é tudo o que a empresa paga e recebe.
Assim, você sabe exatamente quanto precisa pagar, quais valores vai receber e qual será o saldo disponível.
O problema é que muitos empreendedores mantêm os olhos apenas no que entra. Logo, as decisões estratégicas e financeiras podem se tornar arriscadas.
Por isso é tão importante entender o controle do fluxo de caixa como um instrumento necessário para o planejamento e controle financeiro do negócio.
Qual é a finalidade de fluxo de caixa?
Como você já deve ter notado, ter um fluxo de caixa saudável é importante por diversos motivos.
Mas para não deixar passar nenhum detalhe, veja as principais finalidades desse instrumento:
- Acompanhar a saúde financeira do negócio;
- Flexibilizar prazos de pagamento sem prejudicar as atividades da empresa;
- Negociar com fornecedores;
- Planejar as vendas e o estoque;
- Planejar empréstimos ou financiamentos.
💡Leia também: O que é gestão de vendas, qual a importância como fazer?
Qual a importância do fluxo de caixa para as empresas?
Vamos imaginar que uma revendedora de cosméticos comprou um lote grande de batons em abril, com pagamento à vista, mas vende todos esses batons a prazo. O fluxo de caixa vai mostrar uma saída imediata de dinheiro, seguida por entradas mais lentas, certo?
Caso não haja um planejamento de vendas correto, a empreendedora pode não ter dinheiro em caixa para reinvestir ou pagar outras despesas do negócio, como aluguel e o próprio salário.
Por outro lado, quanto mais o fluxo de caixa é utilizado, mais ele serve como uma base de dados para o planejamento e a tomada de decisões com mais clareza e segurança.
Assim, para a revendedora do exemplo, fica mais fácil não só planejar melhor quantos batons ela pode vender a prazo sem comprometer o caixa, mas também analisar as vendas de cada item e entender se investir nesses batons é realmente a melhor estratégia.
A estratégia assegura que o negócio faça uma melhor gestão de estoque, e sempre tenha recursos para honrar seus compromissos, mesmo enquanto espera o recebimento de vendas a prazo.
Com que frequência deve ser feito?
Agora que você já sabe o que é um fluxo de caixa, podemos falar sobre a frequência em que ele deve ser feito. Geralmente, a frequência varia conforme a movimentação financeira da empresa.
Mas podemos dizer que para negócios com alta atividade, atualizações diárias são ideais, enquanto para empresas com menor rotatividade, semanalmente já é suficiente.
Em todo caso, a frequência deve ser suficiente para garantir que a empresa possa responder prontamente a qualquer desafio ou mesmo oportunidades financeiras que surjam.
Quais os tipos de fluxo de caixa?
Existem diferentes tipos de fluxo de caixa. Cada um deles tem informações diferentes e complementares sobre a saúde financeira e a estratégia econômica do negócio. Veja:
- Fluxo de caixa operacional (FCO): tipo mais básico, mostra as receitas e despesas geradas pelas atividades normais da empresa, como vendas, custos de produção e salários;
- Fluxo de caixa direto: detalha todas as entradas e saídas de dinheiro, como recebimentos de clientes e pagamentos a fornecedores;
- Fluxo de caixa indireto: considera mudanças em ativos e passivos não relacionados ao caixa e inclui itens como depreciação, amortização e variações em contas a receber e a pagar;
- Fluxo de caixa livre: mostra o dinheiro que sobra após a empresa ter pago todas as suas obrigações e é um indicador da capacidade da empresa de gerar caixa.
Como controlar o fluxo de caixa?
Agora a pergunta que não quer calar: como gerir um bom fluxo de caixa? Quando o tema é gestão financeira, há a exigência por uma boa dose de disciplina, organização e constância.
A seguir, listamos alguns passos de como controlar o fluxo de caixa do negócio:
- Documente todas as entradas (receitas) e saídas (despesas) diariamente;
- Organize as movimentações por categorias para facilitar a análise;
- Compare as projeções de caixa com os valores reais para monitorar a precisão das estimativas;
- Escolha um período regular para revisão do fluxo, seja diário, semanal ou quinzenal;
- Utilize uma planilha ou software de gestão financeira para manter a organização e permitir fácil acesso e atualização dos dados;
- Analise os dados periodicamente para identificar padrões e realizar ajustes no orçamento ou estratégia de negócio conforme necessário.
Qual o valor ideal de fluxo de caixa?
Não existe um valor único e absoluto para o fluxo de caixa ideal, pois cada empresa tem suas particularidades. Ou seja, esse valor varia com base em fatores como o tamanho da empresa, o setor de atuação, a fase de crescimento e as metas financeiras.
Em todo caso, o valor ideal do fluxo de caixa deve ser suficiente para cobrir as despesas operacionais regulares, como salários, aluguel e fornecedores e outras obrigações.
Além disso, é importante ter uma reserva de capital de giro para enfrentar possíveis imprevistos e, claro, períodos de baixa receita.
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Conclusão
Agora você já sabe o que é um fluxo de caixa: um instrumento que revela a saúde financeira de um negócio, detalhando as entradas e saídas de dinheiro.
Através dele, é possível tomar decisões estratégicas mais assertivas, prevenir problemas e crises financeiras, além de garantir o crescimento sustentável da empresa.
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